Roupa Tipica Holandesa
Na Holanda e mais correto falar sobre as roupas tipicas regionais, ja que nao existe uma unica roupa tipica para o pais.
No geral, as roupas utilizadas no campo eram inspiradas nas roupas das cidades. Os trajes femininos tipicos do seculo 19 eram compostos por uma saia longa rodada, com anáguas, blusas decoradas com pregas, rendas, botões e tiras e, às vezes, um avental.
No geral, as roupas utilizadas no campo eram inspiradas nas roupas das cidades. Os trajes femininos tipicos do seculo 19 eram compostos por uma saia longa rodada, com anáguas, blusas decoradas com pregas, rendas, botões e tiras e, às vezes, um avental.
Uma peca característica dos trajes folclóricos é conhecido como kraplap, que é uma peça retangular utilizada na parte da frente e de tras do peito. Originalmente, o kraplap pertencia à roupa interior e nao despertava a atençao. Em Volendam, o kraplap é coberto por uma blusa e adornado com bordados de flores. A peça masculina mais famosa e o "klepbroek", que ao inves de ziper, possui uma peça de tecido que serve para tampar a abertura frontal da calça. |
As roupas tipicas de cada regiao:
Os trajes tipicos utilizados pelos grupos de danca folclorica na Expoflora sao baseados nos trajes de Volendam.
Grupos de Danca Folclórica Holandesa em Holambra
Enganados estão aqueles que imaginam que o criador do grupo de danças folclóricas em Holambra e o Sr. Piet Schoenmaker (figura bastante conhecida da Expoflora). Antes de sua chegada ao Brasil em 1958, já existia um grupo de pessoas que dançavam ao som de sanfonas e se apresentavam, entre outros, no Theatro Municipal de São Paulo e nas festas das Nações em Campinas.
Piet, na verdade, não era professor, mas sim aluno de dança de salão! Ele começou a ter aulas com o Sr. Flip IJsseldijk, e mais um grupo de jovens de 16 a 18 anos, quando aprendeu a dançar o foxtrot, a valsa, alguns passos de polka, entre outros.
Com a saída de Flip, o grupo sugeriu que ele e seu amigo Hans Bakker (já que eram os mais velhos do grupo) começassem a ensinar as danças, para que o grupo não morresse. Os dois acabaram combinando com eles que, se eles aparecessem no próximo domingo, na mesma hora e local, eles topariam o desafio. E não deu outra! Todos compareceram! O grupo continuou dançando por mais alguns anos, mesmo com a saída do Sr. Hans, e se divertiam muito.
No começo da década de 80, a pedido da comunidade, Piet foi novamente desafiado. Haveria um evento na cidade, e eles gostariam de ver danças folclóricas holandesas, em homenagem aos imigrantes. Piet pegou os poucos LP’s que tinham e começou a estudar as danças. O Sr. Litjens conseguiu através do Consulado Holandês, mais alguns LP’s e um grupo de adultos foi formado.
O evento aconteceu no campo de futebol do Clube fazenda Ribeirão (onde hoje se encontra o ginásio de esportes), onde o grupo se apresentou sobre um tablado de madeira, calcando os velhos tamancos e roupas do antigo grupo de danças. O evento foi um sucesso e o grupo resolveu continuar a dançar. Foi neste momento que o Sr. Piet desistiu das aulas de dança de salão. Segundo ele, haviam pessoas mais capacitadas para isso...
Piet, na verdade, não era professor, mas sim aluno de dança de salão! Ele começou a ter aulas com o Sr. Flip IJsseldijk, e mais um grupo de jovens de 16 a 18 anos, quando aprendeu a dançar o foxtrot, a valsa, alguns passos de polka, entre outros.
Com a saída de Flip, o grupo sugeriu que ele e seu amigo Hans Bakker (já que eram os mais velhos do grupo) começassem a ensinar as danças, para que o grupo não morresse. Os dois acabaram combinando com eles que, se eles aparecessem no próximo domingo, na mesma hora e local, eles topariam o desafio. E não deu outra! Todos compareceram! O grupo continuou dançando por mais alguns anos, mesmo com a saída do Sr. Hans, e se divertiam muito.
No começo da década de 80, a pedido da comunidade, Piet foi novamente desafiado. Haveria um evento na cidade, e eles gostariam de ver danças folclóricas holandesas, em homenagem aos imigrantes. Piet pegou os poucos LP’s que tinham e começou a estudar as danças. O Sr. Litjens conseguiu através do Consulado Holandês, mais alguns LP’s e um grupo de adultos foi formado.
O evento aconteceu no campo de futebol do Clube fazenda Ribeirão (onde hoje se encontra o ginásio de esportes), onde o grupo se apresentou sobre um tablado de madeira, calcando os velhos tamancos e roupas do antigo grupo de danças. O evento foi um sucesso e o grupo resolveu continuar a dançar. Foi neste momento que o Sr. Piet desistiu das aulas de dança de salão. Segundo ele, haviam pessoas mais capacitadas para isso...
Curiosidade: os homens podiam escolher entre dois tipos de chapéus: um parecido com um boné e o outro estilo “russo”. Como ninguém quis o russo, Piet acabou usando-o para diferencia-lo como professor. Tempos mais tarde, este chapéu acabou caindo no gosto dos alunos, mas apenas os dançarinos do grupo Cactus puderam usa-lo.
No ano seguinte aconteceu a Expoflora, uma exposição de flores e plantas organizado pela Cooperativa, a fim de promover seus produtos para o publico consumidor. O evento foi um grande sucesso, e a partir do segundo ano, pediram que o grupo se apresentasse a fim de mostrar o que Holambra tinha de diferente e especial. A dança parava a festa, porque todos queriam vê-los se apresentar, e acabou se tornando uma atração. Mas foi só a partir do terceiro ano que o grupo ganhou um palco “oficial”.
A dança se tornou um orgulho para a comunidade e mais e mais pessoas se interessaram em participar – inclusive brasileiros. Após algumas discussões, acabaram criando um segundo grupo para atender aos pedidos de todos.
Alguns anos depois, Piet recebeu um pedido inusitado: Helena Lobo queria que seu filho de 10 anos fosse dançar! Sem problemas, contanto que ela conseguisse juntar um grupo com, no mínimo 10 casais. Piet não estava acreditando que ela conseguiria, mas quando ele soube que ela já tinha 7 casais, resolveu procurar musicas e coreografias adequadas para aquela idade. O grupo começou os ensaios pouco tempo depois, com 12 casais.
Com poucas musicas e informações sobre elas, Piet encontrou numa organização holandesa a solução de seus problemas: De stichting Negovoon enviou ao Brasil diversos livros e discos, que acabou fornecendo uma base riquíssima de informações sobre danças e melodias, utilizadas ate hoje.
Piet imaginou que seria um projeto temporário, mas para sua surpresa, no ano seguinte, a turma da quarta-serie já tinha mais um grupo formado! Foi assim que os grupos de crianças e jovens foram surgindo. A cada ano que passava, um novo grupo era criado, e os outros evoluíam para danças mais complexas e difíceis.
A partir do quarto ano de dança, o grupo aprendia (e ainda aprende) a dançar uma polka chamada “Hopsa”, lançando o desafio dos casais dançarem juntos. Somente a partir do sexto ano, quando os jovens possuem entre 14 e 15 anos e maturidade suficiente, e que elas aprendem a dançar a valsa.
Piet pediu ajuda a Gabriela Domhof e uma comissão foi criada. Havia as pessoas responsáveis por cuidar do som, outras das roupas e tamancos e outras ainda que ajudavam o professor. Os grupos passaram a dançar as segundas e terças-feiras, e apenas os mais velhos continuaram no domingo.
Quando os primeiros alunos chegaram aos seus 18 e 19 anos, encontraram uma dificuldade: como conciliar a vida universitária em outras cidades com o desejo de continuar dançando? O grupo Lelies quase acabou desaparecendo, mas para sua surpresa e grande emoção, eles criaram um novo grupo, chamado Cactus. Este nome foi dado pois o cacto e uma planta forte e resistente, que “nunca morre”, e assim, todos que chegassem a esta idade poderiam se juntar a eles e continuar dançando.
Hoje, os alunos começam os ensaios no mês de fevereiro e vão ate agosto, para se apresentar na Expoflora (em Setembro). Cada novo grupo recebe o nome de uma flor e um traje feito sob medida, que e utilizado por dois anos. Os tamancos novos só são entregues na base de troca pelos velhos, que são dados para os integrantes da Fanfarra Municipal e ao Museu, que os vende para arrecadar fundos para sua manutenção. O apogeu dos grupos de danças aconteceu por volta do ano 2008, quando eles reuniram cerca de 320 alunos, de 10 grupos diferentes, dançando cerca de 190 danças diferentes.
No ano seguinte aconteceu a Expoflora, uma exposição de flores e plantas organizado pela Cooperativa, a fim de promover seus produtos para o publico consumidor. O evento foi um grande sucesso, e a partir do segundo ano, pediram que o grupo se apresentasse a fim de mostrar o que Holambra tinha de diferente e especial. A dança parava a festa, porque todos queriam vê-los se apresentar, e acabou se tornando uma atração. Mas foi só a partir do terceiro ano que o grupo ganhou um palco “oficial”.
A dança se tornou um orgulho para a comunidade e mais e mais pessoas se interessaram em participar – inclusive brasileiros. Após algumas discussões, acabaram criando um segundo grupo para atender aos pedidos de todos.
Alguns anos depois, Piet recebeu um pedido inusitado: Helena Lobo queria que seu filho de 10 anos fosse dançar! Sem problemas, contanto que ela conseguisse juntar um grupo com, no mínimo 10 casais. Piet não estava acreditando que ela conseguiria, mas quando ele soube que ela já tinha 7 casais, resolveu procurar musicas e coreografias adequadas para aquela idade. O grupo começou os ensaios pouco tempo depois, com 12 casais.
Com poucas musicas e informações sobre elas, Piet encontrou numa organização holandesa a solução de seus problemas: De stichting Negovoon enviou ao Brasil diversos livros e discos, que acabou fornecendo uma base riquíssima de informações sobre danças e melodias, utilizadas ate hoje.
Piet imaginou que seria um projeto temporário, mas para sua surpresa, no ano seguinte, a turma da quarta-serie já tinha mais um grupo formado! Foi assim que os grupos de crianças e jovens foram surgindo. A cada ano que passava, um novo grupo era criado, e os outros evoluíam para danças mais complexas e difíceis.
A partir do quarto ano de dança, o grupo aprendia (e ainda aprende) a dançar uma polka chamada “Hopsa”, lançando o desafio dos casais dançarem juntos. Somente a partir do sexto ano, quando os jovens possuem entre 14 e 15 anos e maturidade suficiente, e que elas aprendem a dançar a valsa.
Piet pediu ajuda a Gabriela Domhof e uma comissão foi criada. Havia as pessoas responsáveis por cuidar do som, outras das roupas e tamancos e outras ainda que ajudavam o professor. Os grupos passaram a dançar as segundas e terças-feiras, e apenas os mais velhos continuaram no domingo.
Quando os primeiros alunos chegaram aos seus 18 e 19 anos, encontraram uma dificuldade: como conciliar a vida universitária em outras cidades com o desejo de continuar dançando? O grupo Lelies quase acabou desaparecendo, mas para sua surpresa e grande emoção, eles criaram um novo grupo, chamado Cactus. Este nome foi dado pois o cacto e uma planta forte e resistente, que “nunca morre”, e assim, todos que chegassem a esta idade poderiam se juntar a eles e continuar dançando.
Hoje, os alunos começam os ensaios no mês de fevereiro e vão ate agosto, para se apresentar na Expoflora (em Setembro). Cada novo grupo recebe o nome de uma flor e um traje feito sob medida, que e utilizado por dois anos. Os tamancos novos só são entregues na base de troca pelos velhos, que são dados para os integrantes da Fanfarra Municipal e ao Museu, que os vende para arrecadar fundos para sua manutenção. O apogeu dos grupos de danças aconteceu por volta do ano 2008, quando eles reuniram cerca de 320 alunos, de 10 grupos diferentes, dançando cerca de 190 danças diferentes.
Quem e Piet Schoenmaker?
Nascido na Holanda em 1946, Piet emigrou ao Brasil com 12 anos de idade e sempre ajudou seus pais no cultivo de flores em sua propriedade. Aos 18 começou a dançar e pouco tempo depois se tornou o professor de dança folclórica holandesa da comunidade de Holambra. E um eterno apaixonado pela dança, cuja paixão se reflete no brilho de seus olhos e em seus simpático sorriso. Piet sempre acreditou na dança como um meio pelo qual jovens e crianças aprendem a conviver em grupo, se expressar e a respeitar o próximo. Ele acredita que as danças tenham trazido muitos benefícios a comunidade durante todos estes anos. Com o avanço da idade, Piet passou seu cargo para outras pessoas, mas não se desligou de sua grande paixão. Hoje ele comanda as atividades do Instituto Dança Viva, que se dedica a danças circulares de todo o mundo. |
As dancas
A dança e uma manifestação cultural do povo, feita pelo povo para o povo. Não e estática – esta sempre em evolução – e retratam cenas do cotidiano, como afazeres domésticos, colheita, profissão, etc.
Sendo assim, e comum ver a mesma melodia sendo dançada de formas diferentes em locais diversos. Na Holanda, por exemplo, existe uma dança chamada Haketone, de West-Friesland, cuja melodia e conhecida na região de Achterhoek como Haketi e dançada de outra forma.
Em Holambra não acontece diferente. Piet se baseia nos escritos da Holanda, mas a coreografia surge de sua interpretação, que não necessariamente e idêntica a que era dançada anos atrás. Alem disso, muitas vezes elas são mudadas pelos próprios alunos, que adicionam passos, como um toque de calcanhar, por exemplo.
Entre todas elas, existem algumas que são as preferidas do Sr. Piet. Hopsa e a primeira polka ensinada aos alunos, que ate então dançavam apenas com as mãos dadas. Nesta dança, eles passam a dançar como casal, o que e um grande desafio para a idade.
O Boonopsteker, ou carregador de feijão, e uma musica que celebra a colheita de feijão. Durante a dança, os jovens, de mãos dadas, caminham em direção ao centro do circulo, levantando suas mãos, simbolizando a entrega dos frutos da terra aos céus. Talvez eles não se deem conta deste significado, mas a energia depositada e contagiante.
A Valsa Holambresa surgiu do encontro perfeito entre uma melodia e uma coreografia já dançada pelos imigrantes da cidade. E o Boerenplof, cuja melodia chama os dançarinos para sua apresentação na Expoflora, e o ponto forte das danças. E a dança que todos, desde pequenos, querem dançar e que fica estampada em suas almas para sempre, como o próprio Sr. Piet diz.
A dança e uma manifestação cultural do povo, feita pelo povo para o povo. Não e estática – esta sempre em evolução – e retratam cenas do cotidiano, como afazeres domésticos, colheita, profissão, etc.
Sendo assim, e comum ver a mesma melodia sendo dançada de formas diferentes em locais diversos. Na Holanda, por exemplo, existe uma dança chamada Haketone, de West-Friesland, cuja melodia e conhecida na região de Achterhoek como Haketi e dançada de outra forma.
Em Holambra não acontece diferente. Piet se baseia nos escritos da Holanda, mas a coreografia surge de sua interpretação, que não necessariamente e idêntica a que era dançada anos atrás. Alem disso, muitas vezes elas são mudadas pelos próprios alunos, que adicionam passos, como um toque de calcanhar, por exemplo.
Entre todas elas, existem algumas que são as preferidas do Sr. Piet. Hopsa e a primeira polka ensinada aos alunos, que ate então dançavam apenas com as mãos dadas. Nesta dança, eles passam a dançar como casal, o que e um grande desafio para a idade.
O Boonopsteker, ou carregador de feijão, e uma musica que celebra a colheita de feijão. Durante a dança, os jovens, de mãos dadas, caminham em direção ao centro do circulo, levantando suas mãos, simbolizando a entrega dos frutos da terra aos céus. Talvez eles não se deem conta deste significado, mas a energia depositada e contagiante.
A Valsa Holambresa surgiu do encontro perfeito entre uma melodia e uma coreografia já dançada pelos imigrantes da cidade. E o Boerenplof, cuja melodia chama os dançarinos para sua apresentação na Expoflora, e o ponto forte das danças. E a dança que todos, desde pequenos, querem dançar e que fica estampada em suas almas para sempre, como o próprio Sr. Piet diz.