Moinho Povos Unidos

A ideia de construir um moinho em Holambra partiu do então prefeito municipal Sr. Celso Capato que, durante sua viagem a Castrolanda, conheceu o moinho “De Immigrant”. Ele procurou o então presidente da Cooperativa Leo Rietjens para unir esforços e sugeriu a criação de um grupo para a construção do moinho de Holambra.
A primeira reunião foi realizada em novembro de 2005 para estudar a viabilidade do projeto, mas foi na segunda que as decisões realmente foram tomadas. Esta reunião contou, entre outros, com a presença do Sr. Jan Heijdra, arquiteto holandês de moinhos, autor do moinho de Castrolanda, e Rafael Rabbers, administrador do mesmo.
Jan Heijdra impôs algumas condições para que aceitasse construir mais um moinho no Brasil. Dentre elas, exigiu a presença de um intérprete/construtor, que o moinho realmente fosse utilizado para moer grãos e que o material utilizado na fabricação fosse unicamente nacional. Ele especificou que o moinho deveria ser do tipo Standerdmolen, com pás de 25m e altura de 15m e que ficasse situado no ponto mais alto possível, como ao lado do Centro Social Holandês. Rafael Rabbers aproveitou para explicar sobre a construção do moinho de Castrolanda, as fontes de recursos utilizados, visitação e manutenção.
A proposta de se construir um standerdmolen foi rejeitada de cara, já que este tipo de moinho não é holandês (é alemão). Apresentaram então algumas fotos de um moinho tipo Stellingkorenmolen (Stelling-plataforma, koren-grãos, molen-moinho), que após muita insistência foi aceito pelo arquiteto. Em 14 de Março de 2006 uma comissão composta por Jan Heijdra, Tony Hulshof, Irene e Jan Eltink e Rob Boom foi criada para conduzir o projeto.
Nessa etapa foram feitos o projeto da obra, as plantas, o memorial descritivo e orçamentos, que foram encaminhados ao DADE (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento de Estâncias) para levantamento de recursos. Foi aprovado um orçamento de 970 mil reais, referente a 70% do custo total. O restante foi bancado pelo município. O terreno escolhido foi negociado com a Cooperativa (CAPH).
O início das obras foi em 06 de outubro de 2006 e a Pedra Fundamental colocada em novembro, quando foram assentados os primeiro tijolos, pelo prefeito e membros da comissão. As etapas seguintes foram:
1. Construção da base de alvenaria;
2. Preparação da madeira;
3. Fabricação das peças de ferro
4. Montagem dos Cavaletes;
5. Fechamento do Corpo do moinho;
6. Fabricação da Cabeça do moinho;
7. Fabricação das engrenagens;
8. Içamento do corpo e da cabeça (representando o término de 60% da obra) – foi um grande evento na cidade, sendo acompanhado pela população e mídia local. Aconteceu em 15/11/07;
9. Instalação do eixo de transmissão;
10. Término da construção da parte interna do moinho e das peças;
11. Construção do deck;
12. Colocação das pás (em 22/06/2008 – outro grande evento);
13. Instalação das pedras-mó e freio.
A inauguração aconteceu no dia 12 de julho de 2008, com uma grande festa. Entretanto, a obra estava inacabada, e ela terminou somente no fim do mesmo ano.
A primeira reunião foi realizada em novembro de 2005 para estudar a viabilidade do projeto, mas foi na segunda que as decisões realmente foram tomadas. Esta reunião contou, entre outros, com a presença do Sr. Jan Heijdra, arquiteto holandês de moinhos, autor do moinho de Castrolanda, e Rafael Rabbers, administrador do mesmo.
Jan Heijdra impôs algumas condições para que aceitasse construir mais um moinho no Brasil. Dentre elas, exigiu a presença de um intérprete/construtor, que o moinho realmente fosse utilizado para moer grãos e que o material utilizado na fabricação fosse unicamente nacional. Ele especificou que o moinho deveria ser do tipo Standerdmolen, com pás de 25m e altura de 15m e que ficasse situado no ponto mais alto possível, como ao lado do Centro Social Holandês. Rafael Rabbers aproveitou para explicar sobre a construção do moinho de Castrolanda, as fontes de recursos utilizados, visitação e manutenção.
A proposta de se construir um standerdmolen foi rejeitada de cara, já que este tipo de moinho não é holandês (é alemão). Apresentaram então algumas fotos de um moinho tipo Stellingkorenmolen (Stelling-plataforma, koren-grãos, molen-moinho), que após muita insistência foi aceito pelo arquiteto. Em 14 de Março de 2006 uma comissão composta por Jan Heijdra, Tony Hulshof, Irene e Jan Eltink e Rob Boom foi criada para conduzir o projeto.
Nessa etapa foram feitos o projeto da obra, as plantas, o memorial descritivo e orçamentos, que foram encaminhados ao DADE (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento de Estâncias) para levantamento de recursos. Foi aprovado um orçamento de 970 mil reais, referente a 70% do custo total. O restante foi bancado pelo município. O terreno escolhido foi negociado com a Cooperativa (CAPH).
O início das obras foi em 06 de outubro de 2006 e a Pedra Fundamental colocada em novembro, quando foram assentados os primeiro tijolos, pelo prefeito e membros da comissão. As etapas seguintes foram:
1. Construção da base de alvenaria;
2. Preparação da madeira;
3. Fabricação das peças de ferro
4. Montagem dos Cavaletes;
5. Fechamento do Corpo do moinho;
6. Fabricação da Cabeça do moinho;
7. Fabricação das engrenagens;
8. Içamento do corpo e da cabeça (representando o término de 60% da obra) – foi um grande evento na cidade, sendo acompanhado pela população e mídia local. Aconteceu em 15/11/07;
9. Instalação do eixo de transmissão;
10. Término da construção da parte interna do moinho e das peças;
11. Construção do deck;
12. Colocação das pás (em 22/06/2008 – outro grande evento);
13. Instalação das pedras-mó e freio.
A inauguração aconteceu no dia 12 de julho de 2008, com uma grande festa. Entretanto, a obra estava inacabada, e ela terminou somente no fim do mesmo ano.
O Nome
Na Holanda todos os moinhos recebem um nome. O Sr. Jan Heijdra já vinha tocando neste assunto desde o inicio do projeto, mas nunca haviam chegado a uma conclusão. Os primeiros nomes sugeridos foram “Pioneiro” e “Holambra”, mas nenhum deles caiu no gosto da Comissão. Pesquisaram os moinhos da Holanda e viram que o nome poderia ser mais abrangente. Começaram a surgir nomes como “Princesa Isabel”, “Mauricio de Nassau”, etc....
Foi então que num certo dia, após a compra de alguns materiais, sentaram-se a uma mesa do Giovanetti (bar em Campinas), o Sr. Celso Capato, O Sr. Jan Heijdra, Tony Hulshof e Zé Luis, então diretor de obras da Prefeitura. Novamente conversando sobre o assunto, Zé Luis anota num guardanapo o nome “Povos Unidos” e o mostra a todos. Imediatamente o Sr. Heijdra diz que já se decidira a favor!
O nome Moinhos Povos Unidos simboliza a união de todos os povos, especialmente o brasileiro e holandês, mas não se esquecendo de ninguém!
Foi então que num certo dia, após a compra de alguns materiais, sentaram-se a uma mesa do Giovanetti (bar em Campinas), o Sr. Celso Capato, O Sr. Jan Heijdra, Tony Hulshof e Zé Luis, então diretor de obras da Prefeitura. Novamente conversando sobre o assunto, Zé Luis anota num guardanapo o nome “Povos Unidos” e o mostra a todos. Imediatamente o Sr. Heijdra diz que já se decidira a favor!
O nome Moinhos Povos Unidos simboliza a união de todos os povos, especialmente o brasileiro e holandês, mas não se esquecendo de ninguém!
Características
O Moinho Povos Unidos possui 38,60m de altura (mais 3m de subsolo) sendo o mais alto dentre os três moinhos brasileiros. Entretanto é incorreto dizer que é o maior moinho, já que o tamanho de um moinho é medido pelo tamanho de suas pás (de uma ponta a outra). O maior moinho brasileiro é o de Castrolanda, com 26m, depois o de Limeira, com 25m e o de Holambra por último, com 24m. A parte de madeira pesa cerca de 60 toneladas e a cabeça, 30. Possui 10 andares, onde estão localizados:
8º - Cabeça
7º - Coroa e pinhão
6º - Elevador de Grãos
5º - Pedras-mó
4º - Deck (primeiro andar de madeira)
3º - Cápsula do Tempo
2º - Ferramentas
1º - Fotos das madeiras utilizadas
Térreo – Recepção
Subsolo – Banheiros e Almoxarifado
8º - Cabeça
7º - Coroa e pinhão
6º - Elevador de Grãos
5º - Pedras-mó
4º - Deck (primeiro andar de madeira)
3º - Cápsula do Tempo
2º - Ferramentas
1º - Fotos das madeiras utilizadas
Térreo – Recepção
Subsolo – Banheiros e Almoxarifado
Curso de Moleiro
Uma associação chamada Povos Unidos foi criada com o intuito de administrar o moinho. Só então foi possível ministrar o curso de moleiro para todos os interessados. Os pré-requisitos contavam, entre outros, com boa vontade e interesse em estruturas históricas operacionais.
Este curso foi oferecido gratuitamente por Wieke Grovers, que é moleira na Holanda e possui uma alta experiência teórica. A parta prática foi completada pelo Sr. Heijdra. Durou dois meses, sendo feito de segunda a sexta, das 19 as 23h.
Foram inscritas 25 pessoas, das quais apenas 14 foram aprovadas (12 moleiros e dois moleiros-guia). Atualmente somente sete moleiros estão trabalhando no moinho, revezando-se aos sábados a tarde para fazer sua manutenção.
Este curso foi oferecido gratuitamente por Wieke Grovers, que é moleira na Holanda e possui uma alta experiência teórica. A parta prática foi completada pelo Sr. Heijdra. Durou dois meses, sendo feito de segunda a sexta, das 19 as 23h.
Foram inscritas 25 pessoas, das quais apenas 14 foram aprovadas (12 moleiros e dois moleiros-guia). Atualmente somente sete moleiros estão trabalhando no moinho, revezando-se aos sábados a tarde para fazer sua manutenção.
Quem é Jan Heijdra?
Jan Heijdra nasceu na Holanda em 1927, e começou a trabalhar num moinho com 14 anos, afiando as pedras-mó. Logo aprendeu outras funções, inclusive a restaurar moinhos.
Auto-didata, o Sr. Jan não teve a oportunidade de cursar a Faculdade de Arquitetura de Moinhos, que foi fechada em 1936 devido ao declínio dos moinhos. Entretanto, foi nomeado Arquiteto de Reforma, Restauração e Construção de Moinhos pela Realeza, tornando-se um funcionário da Monarquia.
Neste período, o Sr. Heijdra reformou mais de 400 moinhos na Holanda. Após aposentar-se, seguiu dando consultoria na construção de mais alguns moinhos, inclusive em outros países, como Nova Zelândia, Polônia (2), Alemanha (3), Brasil (3) e Bélgica (2), totalizando, ao longo de sua vida, a construção de 23 moinhos.
Auto-didata, o Sr. Jan não teve a oportunidade de cursar a Faculdade de Arquitetura de Moinhos, que foi fechada em 1936 devido ao declínio dos moinhos. Entretanto, foi nomeado Arquiteto de Reforma, Restauração e Construção de Moinhos pela Realeza, tornando-se um funcionário da Monarquia.
Neste período, o Sr. Heijdra reformou mais de 400 moinhos na Holanda. Após aposentar-se, seguiu dando consultoria na construção de mais alguns moinhos, inclusive em outros países, como Nova Zelândia, Polônia (2), Alemanha (3), Brasil (3) e Bélgica (2), totalizando, ao longo de sua vida, a construção de 23 moinhos.
As Madeiras
Todas as madeiras utilizadas na construção do Moinho Povos Unidos é brasileira. Vieram de reservas certificadas no estado do Pará. As madeiras estruturais (mais duras) utilizadas foram: Sapucaia, Acapú, Sucupira, Massaranduba, Tatajúba e Ipê (Pau D`Arco). Já as madeiras operacionais (mais moles) foram: Piquiá, Cedrorana, Louro Vermelho, Roxinho, Sucupira e Pau Amarelo.
As Pedras
As pedras para a fabricação das mós vieram de Porto Amazonas, em Ponta Grossa (PR). Na Holanda são utilizadas pedras de lava de basalto, mas como no Brasil não existe este tipo de material, as pedras foram feitas de arenito.
Curiosidades
No exterior do moinho encontra-se uma vassoura estampada na parede. É a vassoura que a bruxa boa deixou para proteger o moinho dos raios.
Uma Cápsula do Tempo foi aberta para a população durante um mês, onde foram depositadas mensagens, noticias e outros para a posteridade. O objetivo é que ela seja aberta 100 anos depois (a partir da data que foi fechada), ou seja, em 12 de julho de 2108. Ela esta embutida na parede do terceiro andar.
Uma Cápsula do Tempo foi aberta para a população durante um mês, onde foram depositadas mensagens, noticias e outros para a posteridade. O objetivo é que ela seja aberta 100 anos depois (a partir da data que foi fechada), ou seja, em 12 de julho de 2108. Ela esta embutida na parede do terceiro andar.
Visitação
A visitação ao moinho pode ser feita de quarta a domingo e feriados, das 10 as 17h.
Para mais informações ligue para: (19) 3802 4245.
Colaboracao: Tony Hulshof (construtor do moinho).
Para mais informações ligue para: (19) 3802 4245.
Colaboracao: Tony Hulshof (construtor do moinho).