Escola de Economia Doméstica
No final do ano de 1951, três anos após a fundação da Fazenda Ribeirão, as irmãs do Santo Sepulcro convidaram a Sra. Mientje Van Kampen para juntas formarem a Escola de Economia Doméstica.
Alem das aulas de economia doméstica, instalação e organização da casa, nutrição, higiene e culinária, ministradas pela Dona Mientje, também havia aulas de formação geral, oferecida pela Irma Benedictus; aula de música com a Irmã Liduina, corte e costura com a Dona Toos Miltenburg e puericultura, ministrada pela Sra. Leny v.d. Werf.
Nos primeiros anos, as aulas eram ministradas em holandês, debaixo da árvore no jardim das freiras ou numa sala do convento. As aulas práticas de culinária eram na casa da D. Mientje, no centro, num espaço de 9m2.
As aulas teóricas eram dadas na sala de aula e as aulas praticas eram feitas na casa dos moradores próximos ao convento, como Kors, Christians, de Bruin, Feld, etc.
As aulas de culinária para as donas de casa eram dadas à noite e, no último horário, os maridos podiam ir até à escola para saborear o que elas haviam preparado.
As dificuldades eram muitas: faltava material, não havia água encanada, nem espaço adequado, no entanto, a disposição e a força de vontade destas fundadoras fizeram com que o trabalho prosseguisse. Nesse período, o Sr. Charles Hogenboom, presidente da Cooperativa Holambra, entrou em contato com diversas empresas e conseguiu máquinas de costura Singer e fogões Continental para serem usados nas aulas.
As primeiras seis alunas a se formarem após dois anos de curso foram as filhas de holandeses Maria Scholten, Jo Jeuken, Sjaan Walravens, José Schreurs, Maria v.d. Groes e Greta Groot.
Aproximadamente 10 anos depois, chegou dos Estados Unidos Dona Beverly, que trouxe um curso de economia doméstica específico para países tropicais.
Acreditando na importância do desenvolvimento cultural da população local, começaram a dar aulas também em português, sendo que a primeira turma de brasileiras era composta por 20 alunas, entre elas Maria Esther de Almeida, Alcione Gregório, Cida Zóia, Lourdes de Lima e Benedita de Souza. Dando cursos para as moças brasileiras, as professoras holandesas aprenderam muito dos costumes brasileiros.
Em meados de 1963, as freiras do Santo Sepulcro deixaram Holambra e, em seu lugar, assumiram as Madres Franciscanas.
A necessidade de sede própria e local adequado para as aulas fizeram com que, novamente, o Sr. Hogenboom se empenhasse em conseguir apoio financeiro de outras empresas. A Fundação Príncipe Bernardo e a Ong Novib, ambas da Holanda, tornaram realidade o sonho da sede própria, doando dinheiro suficiente para a construção do novo prédio. Para instalação da escola, a Cooperativa Holambra doou o terreno. Assim, em 1966, iniciaram-se as obras da nova escola supervisionadas pela Madre Willefrida.
Foi também nesta época que a Irmã Irmentrudis chegou para administrar a escola, já que possuía formação para tal.
Eram ministrados cursos de meio período e também período integral. Os alunos de outras cidades ficavam hospedados no convento das madres. O curso de Economia Doméstica específico para as empregadas domésticas era dado todas as quintas-feiras à tarde.
Por falta de receita, iniciaram-se os cursos pagos. Além disso, durante muitos anos, no final do mês de novembro, era realizada uma exposição com trabalhos feitos pelos alunos, e venda de objetos de madeira como mesinhas, cadeiras, quebra-cabeças, e também guardanapos pintados, abajures, etc. Tudo isto, era feito por um grupo de voluntários entre eles Kees Kager, Cida Balazina, Gemma Schoenmaker, Jacó Schut, Els de Bruin, Mies v.d. Geest, Annie Wigman e Dora Eijsink.
Elas procuravam dar aulas que suprissem a deficiência percebida na população local: aulas de alfabetização, pintura, culinária, higiene, etc. Como as pessoas que freqüentavam a escola nos anos 60 tinham pouco ou nenhum estudo, as provas eram feitas oralmente.
Em 1977, começou o Curso de Gestantes, organizado por D. Mientje van Kampen, Maritha Domhof, Dr. Andir Sanches, Vera Lia Teixeira, D. Therezinha Kors e Gerda de Wit, que ensinava cuidados básicos com o bebê, alimentação e higiene.
Depois de 12 anos trabalhando na escola, a Irmã Irmentrudis foi transferida e D. Mientje se colocou a disposição para assumir a direção por um tempo, com a condição de receber apoio financeiro. Assim, durante anos, a escola foi subsidiada pela Cooperativa Holambra através do Clube Fazenda Ribeirão.
Depois de alguns anos Liduina Hulsof assumiu a direção da escola no lugar de D. Mientje, e, em 1983, montou o primeiro projeto educativo voltado para meninos, contando com a colaboração de Regina van Kampen e Sueli Coimbra.
Em 1988, a Escola de Economia Doméstica Príncipe Bernardo passou a ser uma entidade registrada sem fins lucrativos. A primeira diretoria era formada por Dora de Wit, Edna Milk, D. Mientje, Irene Esperança e Mia Schut, sendo que todas elas já trabalhavam voluntariamente na escola. Como gerente assumiu Tereza Venturini.
Em 1990, mais de 200 alunos passaram pela escola nos cursos tradicionais de economia doméstica, trabalhos manuais, pintura em tela e tecido, arte culinária para crianças, corte e costura; além de outros cursos como inglês, holandês, curso de bombons, música, etc.
Sem o subsídio da Cooperativa, a escola se uniu à Comissão de Esportes do Clube Fazenda Ribeirão para vender lanches nas barracas da Expoflora e arrecadar fundos para a escola. Assim, em 1990 foi construída uma casa ao lado da escola para que um caseiro cuidasse do patrimônio, principalmente nos finais de semana.
Com a emancipação da cidade em 1992, o curso de gestantes passou a ser organizado pela Prefeitura, porém continuou sendo realizado na escola.
A procura por aluguel de salas na cidade cresceu, e viu-se a necessidade de ampliação da escola. Assim, em 1994, o Sr. Jan Nabuurs, que sempre ajudou e incentivou os trabalhos da escola, financiou a construção do novo prédio, que foi ocupado na época pelo Colégio Anglo e, atualmente, é alugado pelo Colégio Van Gogh. A partir de 1981 a escola passou a servir refeições durante o período da Expoflora para angariar fundos para pagar esse financiamento.
Em 2002, a diretoria da Guarda Mirim existente na cidade e da Escola Doméstica se reuniram para trocar ideias sobre a viabilidade da fusão das duas entidades. Afinal, tinham muitos objetivos em comum, e o serviço voluntário era cada vez mais difícil.
Como a Guarda Mirim pagava aluguel pela sala que ocupava e, na escola, havia espaço e cursos interessantes para os jovens, depois de muitas reuniões foi feita a união entre elas, que passou a se chamar Associação Príncipe Bernardo. Sua nova diretoria era formada por: Marja Klein Gunnewiek (presidente), Sonia Almeida (vice-presidente), Ivone da Silva Esperança (secretaria), Oduvaldo da Silva Pinto (tesoureiro) e Pedro Gall (diretor de patrimônio).
Em 2003, Rotary Clube fez uma doação para a escola, que iniciou as obras de construção de um Salão para Eventos, para uso próprio e para aluguel.
Feijoadas, bingos, bazares de roupas e utensílios domésticos frequentemente acontecem para arrecadar fundos para que a escola consiga continuar realizando seus trabalhos.
Felizmente, durante anos, grandes parceiros acreditaram no trabalho realizado pela escola e contribuíram para que seu objetivo fosse alcançado.
Hoje a Associação Príncipe Bernardo segue oferecendo aulas de informática, culinária, prática de esporte, oficina de artes, inglês, matemática, orientação vocacional e palestras a jovens a partir de 14 anos .
São fins da Associação atender crianças, jovens e adultos, visando desenvolve-los social, moral e culturalmente, promovendo o bem estar social, diminuindo os níveis de marginalidade, fomentando a empregabilidade, com atividades que desenvolvam o ser humano, nos termos do seu Estatuto.
Colaboração: Associação Príncipe Bernardo.
Alem das aulas de economia doméstica, instalação e organização da casa, nutrição, higiene e culinária, ministradas pela Dona Mientje, também havia aulas de formação geral, oferecida pela Irma Benedictus; aula de música com a Irmã Liduina, corte e costura com a Dona Toos Miltenburg e puericultura, ministrada pela Sra. Leny v.d. Werf.
Nos primeiros anos, as aulas eram ministradas em holandês, debaixo da árvore no jardim das freiras ou numa sala do convento. As aulas práticas de culinária eram na casa da D. Mientje, no centro, num espaço de 9m2.
As aulas teóricas eram dadas na sala de aula e as aulas praticas eram feitas na casa dos moradores próximos ao convento, como Kors, Christians, de Bruin, Feld, etc.
As aulas de culinária para as donas de casa eram dadas à noite e, no último horário, os maridos podiam ir até à escola para saborear o que elas haviam preparado.
As dificuldades eram muitas: faltava material, não havia água encanada, nem espaço adequado, no entanto, a disposição e a força de vontade destas fundadoras fizeram com que o trabalho prosseguisse. Nesse período, o Sr. Charles Hogenboom, presidente da Cooperativa Holambra, entrou em contato com diversas empresas e conseguiu máquinas de costura Singer e fogões Continental para serem usados nas aulas.
As primeiras seis alunas a se formarem após dois anos de curso foram as filhas de holandeses Maria Scholten, Jo Jeuken, Sjaan Walravens, José Schreurs, Maria v.d. Groes e Greta Groot.
Aproximadamente 10 anos depois, chegou dos Estados Unidos Dona Beverly, que trouxe um curso de economia doméstica específico para países tropicais.
Acreditando na importância do desenvolvimento cultural da população local, começaram a dar aulas também em português, sendo que a primeira turma de brasileiras era composta por 20 alunas, entre elas Maria Esther de Almeida, Alcione Gregório, Cida Zóia, Lourdes de Lima e Benedita de Souza. Dando cursos para as moças brasileiras, as professoras holandesas aprenderam muito dos costumes brasileiros.
Em meados de 1963, as freiras do Santo Sepulcro deixaram Holambra e, em seu lugar, assumiram as Madres Franciscanas.
A necessidade de sede própria e local adequado para as aulas fizeram com que, novamente, o Sr. Hogenboom se empenhasse em conseguir apoio financeiro de outras empresas. A Fundação Príncipe Bernardo e a Ong Novib, ambas da Holanda, tornaram realidade o sonho da sede própria, doando dinheiro suficiente para a construção do novo prédio. Para instalação da escola, a Cooperativa Holambra doou o terreno. Assim, em 1966, iniciaram-se as obras da nova escola supervisionadas pela Madre Willefrida.
Foi também nesta época que a Irmã Irmentrudis chegou para administrar a escola, já que possuía formação para tal.
Eram ministrados cursos de meio período e também período integral. Os alunos de outras cidades ficavam hospedados no convento das madres. O curso de Economia Doméstica específico para as empregadas domésticas era dado todas as quintas-feiras à tarde.
Por falta de receita, iniciaram-se os cursos pagos. Além disso, durante muitos anos, no final do mês de novembro, era realizada uma exposição com trabalhos feitos pelos alunos, e venda de objetos de madeira como mesinhas, cadeiras, quebra-cabeças, e também guardanapos pintados, abajures, etc. Tudo isto, era feito por um grupo de voluntários entre eles Kees Kager, Cida Balazina, Gemma Schoenmaker, Jacó Schut, Els de Bruin, Mies v.d. Geest, Annie Wigman e Dora Eijsink.
Elas procuravam dar aulas que suprissem a deficiência percebida na população local: aulas de alfabetização, pintura, culinária, higiene, etc. Como as pessoas que freqüentavam a escola nos anos 60 tinham pouco ou nenhum estudo, as provas eram feitas oralmente.
Em 1977, começou o Curso de Gestantes, organizado por D. Mientje van Kampen, Maritha Domhof, Dr. Andir Sanches, Vera Lia Teixeira, D. Therezinha Kors e Gerda de Wit, que ensinava cuidados básicos com o bebê, alimentação e higiene.
Depois de 12 anos trabalhando na escola, a Irmã Irmentrudis foi transferida e D. Mientje se colocou a disposição para assumir a direção por um tempo, com a condição de receber apoio financeiro. Assim, durante anos, a escola foi subsidiada pela Cooperativa Holambra através do Clube Fazenda Ribeirão.
Depois de alguns anos Liduina Hulsof assumiu a direção da escola no lugar de D. Mientje, e, em 1983, montou o primeiro projeto educativo voltado para meninos, contando com a colaboração de Regina van Kampen e Sueli Coimbra.
Em 1988, a Escola de Economia Doméstica Príncipe Bernardo passou a ser uma entidade registrada sem fins lucrativos. A primeira diretoria era formada por Dora de Wit, Edna Milk, D. Mientje, Irene Esperança e Mia Schut, sendo que todas elas já trabalhavam voluntariamente na escola. Como gerente assumiu Tereza Venturini.
Em 1990, mais de 200 alunos passaram pela escola nos cursos tradicionais de economia doméstica, trabalhos manuais, pintura em tela e tecido, arte culinária para crianças, corte e costura; além de outros cursos como inglês, holandês, curso de bombons, música, etc.
Sem o subsídio da Cooperativa, a escola se uniu à Comissão de Esportes do Clube Fazenda Ribeirão para vender lanches nas barracas da Expoflora e arrecadar fundos para a escola. Assim, em 1990 foi construída uma casa ao lado da escola para que um caseiro cuidasse do patrimônio, principalmente nos finais de semana.
Com a emancipação da cidade em 1992, o curso de gestantes passou a ser organizado pela Prefeitura, porém continuou sendo realizado na escola.
A procura por aluguel de salas na cidade cresceu, e viu-se a necessidade de ampliação da escola. Assim, em 1994, o Sr. Jan Nabuurs, que sempre ajudou e incentivou os trabalhos da escola, financiou a construção do novo prédio, que foi ocupado na época pelo Colégio Anglo e, atualmente, é alugado pelo Colégio Van Gogh. A partir de 1981 a escola passou a servir refeições durante o período da Expoflora para angariar fundos para pagar esse financiamento.
Em 2002, a diretoria da Guarda Mirim existente na cidade e da Escola Doméstica se reuniram para trocar ideias sobre a viabilidade da fusão das duas entidades. Afinal, tinham muitos objetivos em comum, e o serviço voluntário era cada vez mais difícil.
Como a Guarda Mirim pagava aluguel pela sala que ocupava e, na escola, havia espaço e cursos interessantes para os jovens, depois de muitas reuniões foi feita a união entre elas, que passou a se chamar Associação Príncipe Bernardo. Sua nova diretoria era formada por: Marja Klein Gunnewiek (presidente), Sonia Almeida (vice-presidente), Ivone da Silva Esperança (secretaria), Oduvaldo da Silva Pinto (tesoureiro) e Pedro Gall (diretor de patrimônio).
Em 2003, Rotary Clube fez uma doação para a escola, que iniciou as obras de construção de um Salão para Eventos, para uso próprio e para aluguel.
Feijoadas, bingos, bazares de roupas e utensílios domésticos frequentemente acontecem para arrecadar fundos para que a escola consiga continuar realizando seus trabalhos.
Felizmente, durante anos, grandes parceiros acreditaram no trabalho realizado pela escola e contribuíram para que seu objetivo fosse alcançado.
Hoje a Associação Príncipe Bernardo segue oferecendo aulas de informática, culinária, prática de esporte, oficina de artes, inglês, matemática, orientação vocacional e palestras a jovens a partir de 14 anos .
São fins da Associação atender crianças, jovens e adultos, visando desenvolve-los social, moral e culturalmente, promovendo o bem estar social, diminuindo os níveis de marginalidade, fomentando a empregabilidade, com atividades que desenvolvam o ser humano, nos termos do seu Estatuto.
Colaboração: Associação Príncipe Bernardo.